Criptojudaísmo, cristãos-novos e Inquisição
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Câmara Municipal de Belo Horizonte - Cerimônia inaugural pela criação do Dia em Memória às vítimas da Inquisição - Lei Munic. 10.805/15 Hoje é um dia muito especial para mim, para o Museu da História da Inquisição, creio para a Comunidade Judaica também, para toda a sociedade Belo Horizontina, pois foi criado um dia, o 31 de março (1821, data em que foi abolida aqui no Brasil), o Dia em Memória às vítimas da Inquisição.
A descoberta oficial do Brasil fazia parte do cronograma: Colonização e plantio de cana-de-açúcar pelos cristãos-novos... A partilha do mundo nos meados do século XV, pela poderosa Igreja, emitindo bula papal, criou um impasse entre a Espanha e Portugal, segundo documentos da Torre do Tombo em Lisboa. A arbitragem papal emitiu várias bulas em que os portugueses se consideraram prejudicados, acirrando ainda mais a rivalidade luso-espanhola, que quase levou a um confronto armado. Em 1494, foi firmado o Tratado de Tordesilhas, pelo qual as áreas de influência ficavam demarcadas a partir de um meridiano situado a 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde. Resguardavam-se os antigos domínios espanhóis e portugueses.
Discurso pelo Recebimento da Homenagem (diploma de honra ao mérito) da Câmara Municipal de BH pelo Primeiro Museu da História da Inquisição acontecido no último dia 21 de setembro de 2012. (Marcelo Miranda Guimarães – Diretor-Presidente e Fundador) Gostaria inicialmente de agradecer de coração ao querido amigo e irmão Vereador Divino Pereira de quem partiu esta iniciativa de homenagear com o Diploma de Honra ao Mérito ao Primeiro Museu da História da Inquisição no Brasil. O vereador Divino Pereira é da nossa região da Pampulha e tem trabalhado efetivamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que nessa região residem e em toda a BH.
O ponto de partida para compreensão de toda a história do povo judeu, incluindo os marranos e os denominados cristãos-novos deve ser a própria Bíblia. Com ela nós poderemos compreender em detalhes a origem e a missão do povo judeu e a conseqüente perseguição. Não é propósito aqui discorrer sobre gênese do universo e do ser humano, tentarei abordar este assunto de uma forma bem imparcial, sem levantar nenhuma questão doutrinária ou sectária. Mas, a bíblia relata claramente que Deus criou os céus, os mares, a terra e tudo o que nela existe.
O povo brasileiro é fruto e fonte criadora de pluralidade cultural. A presença de outros povos em território nacional ajudou a moldar algumas de nossas principais características culturais, desde o desembarque de Cabral na terra que viria a ser o Brasil.
Nossa conferência sobre os B´nei Anussim/marranismo em Castelo de Vide foi um sucesso. Os próprios preletores de Portugal disseram que foi o evento com maior número de participantes já acontecido em Portugal sobre o tema Anussim. Tivemos a participação de professores e doutores em história, tanto das universidades portuguesas como brasileiras.
Visitar o circuito das cidades judaicas de Portugal é aprender com o passado, meditar e agir no presente e desejar ver cumprido o futuro dos fatos bíblicos. Joseph Shulam, Victor Escronard de Israel, Marcelo Guimarães do Brasil, Abílio Videira e João Azevedo de Portugal integraram a comitiva que esteve visitando as cidades históricas e judaicas de Portugal. A jornada se iniciou em Lisboa, começando por uma oração profética de arrependimento na Praça do Rossio, onde milhares de judeus luso-brasileiros foram ali julgados, condenados e executados pela Corte do Santo Ofício da Inquisição. A história nos mostra que mais de 80 mil judeus já viviam livremente em Portugal quando outros 120 mil judeus espanhóis cruzaram as fronteiras a partir de 1492 em decorrência de sua expulsão daquele país pelo decreto dos Reis Católicos de Espanha, endossado pela Bula do Papa Xisto IV, “Exigit sincerae devotionis Affectus...”.
Recentemente o Papa João Paulo II voltou a fazer suas considerações ao reconhecer os erros do passado em relação à intolerância religiosa, por ocasião da publicação de um livro de autoria de Agostino Barromeu, professor da Universidade Católica de Sapienza-Itália. O trabalho deste autor se resume em mostrar que durante o tempo da Inquisição, que em alguns países como Portugal e Brasil chegaram a vigorar por 3,5 séculos, a Igreja Católica não foi tão carrasca e não matou tanto como ensinam todos os livros de história, pois apenas menos de 1,8% dos réus julgados foram mortos em suas fogueiras (Revista Isto É/1811 de 23/06/04). O Papa já havia pedido perdão pelos erros da Inquisição Católica no ano de 2000. Antes, porém, já havia também pedido perdão aos judeus, por ter o Vaticano se calado no período do Holocausto que ocorreu na 2a. Guerra Mundial.